quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Condomínio: Síndico paralelo

                                               Condomínio: Sindico paralelo


          A faxineira do prédio teve a idéia de raspar o piso de minha portaria para tirar o excesso de cera acumulada e depois voltar a encerar. Levou dois dias para completar o serviço e  fiz o pagamento.

          Dias depois D. Olga, da outra portaria, veio me pedir para eu contratar alguém para raspar o piso da portaria dela, que estava muito feio e trouxe o orçamento. A faxineira, vendo que o trabalho era pesado, perdeu a vontade de fazer o mesmo em outras portarias.

         - Não vou gastar dinheiro do condomínio com isso, respondi, ainda mais por esse preço: está muito caro. O condomínio tem outras prioridades.

          D. Olga não aceita não como resposta. Foi para casa e voltou dias depois, insistindo na idéia da raspagem do piso. Voltou diversas vezes, insistindo na idéia. O mais estranho em seu comportamento é que quando fazemos a vontade dela não escutamos nenhum agradecimento, somente mais reclamações, admoestações indignadas porque jamais o serviço fica do jeito que ela imagina. Não conhece limites em sua insistência, esgota a paciência de qualquer pessoa.

           Dias depois passei por sua portaria e vi alguns homens raspando o piso. Da janela, ela provocou:

           - Está vendo como minha portaria está ficando bonita?

         Descobri que ela foi, de porta em porta, pedir aos moradores de sua portaria a contribuição para o pagamento do serviço. Eram três apartamentos, contando com o seu.

          Fiquei indignada com a falta de respeito à minha autoridade de síndica. Dias depois, seguindo seu comportamento usual,  ela estava reclamando da qualidade do serviço com os trabalhadores que rasparam e envernizaram sua portaria.

        Algum tempo antes disso ela já havia mandado um pedreiro abrir um buraco no murinho do jardim para escoar água de chuva. A água passava pelo buraco, descia pela calçada até o final da rua, passando em frente aos três prédios, deixando um rastro de água lamacenta na passagem das pessoas. Vi aquela aberração e esperei a primeira reclamação dos moradores dos prédios vizinhos.

       Chamei outro pedreiro, mandei que fechasse o buraco e fizesse a canalização correta, por baixo da calçada até o bueiro. Paguei com dinheiro do condomínio.

         Síndico paralelo que se elege por conta própria e não respeita ninguém é dose para leão!





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