segunda-feira, 8 de julho de 2013

Hierarquia animal e humana

             Hierarquia animal e humana
               Liguei a tv e assisti a um ataque de canguru a um homem. O homem, juntamente com outros membros da família, estava entre os cangurus distribuindo pedaços de pão com os bichos. Ao seu lado o filho, de aproximadamente sete anos de idade. De repente, sem mais nem menos, um canguru que observava tudo, atrás de outro, pula sobre o homem atacando-o. O vídeo se repetiu algumas vezes e pude entender o motivo do ataque.
             Desrespeito à hierarquia.
             Acredito que o que é do mundo animal é do nosso mundo. Explicando: as naturezas são iguais ou semelhantes. Puro instinto. O motivo das desavenças são o desrespeito à hierarquia. No caso do vídeo o homem alimentava o canguru menor e mais novo. O ataque foi efetuado por um canguru maior e mais velho. Pela hierarquia, o mais velho deveria ter recebido o alimento antes do mais novo. Se o homem conhecesse esta regra,  não haveria nenhum conflito e ele poderia ter alimentado os cangurus tranquilamente e passado um dia agradável ao lado do filho e dos outros membros de sua família. 
             O desconhecimento causou enorme prejuízo: um rosto cortado do queixo à testa e outros estragos na perna e adjacências, que não puderam ser mostradas na tv.
          Aconteceu o mesmo quando um casal de idosos, que criava um chimpanzé, entregou o animal a um zoológico. Em uma visita, o casal alimentou o chimpanzé quando o homem foi atacado por outro que quase o matou. O motivo? Desrespeito à hierarquia. O chimpanzé que atacou o idoso pertencia a uma classe mais dominante que o animal de estimação criado por ele. Os tais de alfa, beta e delta. Os mais fortes, mais inteligentes, os macacos alfa, são respeitados pelo bando e se alimentam em primeiro lugar. Depois disso, os beta e delta podem se alimentar tranquilamente. O casal de idosos desconhecia esta regra e o marido sofreu, quase pagando pela vida, pela falta de informação.
                 A regra se repete nas brigas dos animais domésticos. O gato antigo da casa, que agride o novato, o cão mais velho que brinca com o cachorrinho recém chegado mas, que o mata quando o dono joga um pedaço de carne para o pequenino.
               O mesmo acontece entre os humanos. Quando os filhos começam a ditar ordens na casa, principalmente na adolescência, regidos pelos hormônios e os pais se submetem, com medo de perder o amor dos filhos. A hierarquia é desobedecida e a infelicidade se instala, para todos, inclusive para os que tomaram as rédeas da casa. O adolescente, apesar do comportamento autoritário, se torna desamparado e perdido, porque ele precisa sentir que os pais são mais fortes do que ele e tem poder para ampará-lo e conduzi-lo. 

                  Os pais tem o direito de exigir que os filhos cumpram as regras da casa. Não é  bom que os pais se sintam mal dentro do lar que construíram, por causa da interferência e exigência dos filhos adolescentes. O risco de perder o amor dos filhos, não acontece. Ao contrário, quando aprenderem a fazer isso, ganham algo além do amor: respeito.


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